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Tiago Barreto, nascido em 05 de abril de 1979,em Limeira–SP.
Onde cresci sempre diziam que eu iria correr em alguma modalidade esportiva; sempre apostava corridas com os vizinhos.
Aos 10 anos já era medalhista em natação e nadava vários kilômetros ao dia.
Nesta mesma época já gostava de bicicletas, porém demorou muito para conseguir comprar uma. Somente aos 16 anos ganhei a minha primeira, uma Caloi Cruiser Safári. Daí para frente a paixão só fez aumentar!
Sem dinheiro para uma MTB, fui transformando minha Caloi em uma. Troquei o guidão, coloquei marchas, etc. Fui muitas vezes ironizado pelos vizinhos de maior poder aquisitivo. Algum tempo depois ganhei de meus pais um quadro usado da primeira MTB da Caloi no Brasil.
Finalmente com a ajuda de meu avô consegui comprar uma mountain bike- uma Caloi Aspen Esporte. Com esta nova bike comecei a tomar mais gosto pelas provas.
Não obstante minhas tentativas no ciclismo, também fazia parte da equipe principal de basquete do Nosso Clube - categoria Júnior - onde também conquistei medalhas. Mas o coração estava mesmo no ciclismo. Nesta mesma época participei da copa São Paulo de MTB. Mesmo competindo contra ciclistas experientes e com uma bicicleta toda de ferro, terminei na segunda colocação no campeonato. Não tinha sequer um short de ciclismo, mas consegui um surpreendente segundo lugar, para surpresa geral. Tomado pelo entusiasmo da situação, optei por abandonar o basquete para tentar de vez a sorte no ciclismo. Algum tempo depois mudei para o ciclismo de estrada quando ganhei uma Caloi 10 de meu pai. Lembro-me com toda clareza da bicicleta de ferro, usada e sem qualquer pintura. Mais ainda da emoção minha e do ‘meu velho’ – um pelo objeto adquirido com muito custo o outro pelo presente que era sonho de consumo. Sem muitas delongas, reformamos a bike e logo estava pedalando junto com os ciclistas da cidade.
Minha primeira prova seria na cidade de Araras, mas somente no local da prova, a Federação divulgou que havia cancelado a minha categoria. Neste mesmo momento um senhor se aproximou de mim e fez-me um comentário satirizando “..com uma Caloi 10 eu não chegaria nem em último lugar.”. Em minha defesa meu pai rebateu: “..com a força de vontade dele, ele pode até ganhar”.
Percebendo que minha gana era maior que meus empecilhos, este senhor, até então desconhecido a mim, ofereceu-me uma bicicleta Peugeot em troca da minha! Tamanho seria meu contentamento que sequer pude acreditar que ele o faria.
Voltei para casa ainda desacreditado e, desiludido por não ter podido fazer minha estréia. Ao final da tarde daquele mesmo domingo, tal senhor bate à minha porta para, de novo oferecer-me a troca das bicicletas e mais, ofereceu-me todo o incentivo necessário para que eu pudesse participar das provas. Paulo Michelette, dono de uma fábrica de troféus – esse é o nome.
Desde este dia não parei mais de treinar. Logo na minha estréia – em Indaiatuba – fiquei em 7º lugar. Duas competições mais tarde surpreendi com o local mais alto do pódium e, justamente em Limeira.
Mantive a rotina de treinamentos e fui evoluindo no esporte. Passei pela equipe Mastra, onde dirijo meus agradecimentos aos Srs. Neider Caran e Luiz Augusto Groppo, pelos incentivos e amizade que perduram até os dias de hoje. Na seqüência veio minha primeira equipe profissional – a de Iracemápolis, equipe que me projetou no esporte e onde consegui meus principais títulos. Renato Buck – técnico, paizão e muito rígido. Esse foi (e ainda é) o técnico dessa importante equipe e responsável pelo sucesso meu e de tantos outros.
Tive também uma passagem rápida pela cidade de Porto Ferreira e vários convites para correr para outras cidades.
Nesta mesma época, pressionado para escolher entre o esporte e a vida pessoal, tomei a atitude que mais me arrependo até hoje. No mesmo ano em que eu ficava vice-campeão paulista, 3º no Interligas e 3º no Paulista de CRI, no meu auge, optei por abandonar as competições para me dedicar mais ao convívio social e às relações pessoais.
Passados dois anos percebi que minha infeliz atitude de nada havia valido à pena.
Na tentativa de corrigir minha decisão errônea, retomei a rotina de treinos e corridas. Com muita motivação, mas sem força, ritmo, patrocínios e ciente de que meu auge se fora. A única certeza era que jamais abandonaria meu sonho de novo.
Atualmente(como podem ver) ainda corro. Agora com patrocínios próprios por opção. Mas antes de encerrar meu resumo de carreira não posso deixar de registrar alguns outros agradecimentos especiais:
Meus pais Roberto e Odila que, além do incentivo e com muito sacrifício, tornaram meu sonho possível.
Giovana, minha namorada, coach, parceira, staff. Se ainda corro hoje é pelo apoio que me dá. Me acompanha, presta assistência, me registra e, principalmente, acredita em mim.
Paulo Michelette que me lançou no esporte.
As empresas Loop Embalagens e Wittia(Daniel Pereira e André Varga), Ripgraph(Aderbhal e Zé Luiz), Deb Cred(Marco), Cotali Caminhões (André Vengel), Thiago Peruchi (Personal Trainer) atuais patrocinadores.
Deus acima de mim e de tudo.
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