
Mogi Mirim, 22 de Setembro de 2013.
Chegamos a outra etapa da Média Paulista de Ciclismo, desta vez na cidade de Mogi Mirim.
Apesar da minha longa carreira de ciclismo, é a primeira vez que estou participando de uma prova de ciclismo na cidade vizinha de Mogi Mirim.
Ao chegarmos a primeira impressão foi boa, porem somente a primeira impressão, pois ao fazer o reconhecimento do circuito, a “boa impressão” foi substituído pela indignação.
Indignação de como os organizadores pode realizar uma prova de ciclismo em um circuito com asfalto tão ruim e com mais de 7 lombadas por volta.
Mas somo profissionais e estamos ai para correr em quase qualquer lugar.
Com o numero elevado de ciclista, e sabendo das condições do percurso, a corrida praticamente viraria um contra relógio, pois todos iriam querer busca a frente do pelotão para não ter problemas com quedas.
Logo na primeira volta tivemos uma queda com 4 ciclistas, nesta hora eu ainda estava no meio do pelotão buscando um posicionamento e por sorte não me envolvi com este acidente.
As tentativas de fugas sempre ocorriam na reta oposta, pois a mesma terminava em uma curva com muitos buracos e quem entrasse na frente desta curva levava grande vantagem na retomada de velocidade.
Com muitos tombos e com o ritmo muito forte o pelotão foi se quebrando, ate que dois ciclistas conseguiram uma fuga, vale apena ressalta um deste ciclista era de outra categoria que também estava correndo junto conosco.
O pelotão não manifestou nenhuma intenção em pega-lo e começamos a trabalhar para o sprinter final.
Neste eu estava muito cansado e não consegui acompanhar a velocidade dos sprinters e apenas cruzei a linha de chegada junto ao pelotão.
Nesta hora outra irregularidade aconteceu, um atleta que havia tomado volta por problemas mecânico entrou de volta no pelotão sprintou e chegou entre os cinco primeiro.
Este caso do atleta e o caso de atletas que correm em duas ou mais categorias, só prova o quanto a organização não enxergar a competição como ela deve ocorrer e sim a taxa de inscrição, sem contar os lugares com que as provas são realizadas, sem infraestrutura alguma.
Se temos categorias definidas, cada atleta deve respeitar a mesma e cabe a organização fazer com isso aconteça.
Fica o desabafo de um ciclista com mais de 16 anos de carreira.